- Acho que estou amando - disse, olhando para o céu.
- Como assim "acha"? Tem que ter certeza - respondeu ele.
- É que... Eu não sei como é isso - olhei para ele, soltando um longo suspiro. - Como é amar?
- Bem... - ele olhou para aquela limpa noite estrelada, fechou os olhos e sorriu. - É igual ser fã. Você grita, pula, sofre, sorri e se emociona junto. Você quer a pessoa bem e feliz, mesmo que longe de você, e mesmo que sempre tenha uma fagulha de esperança acesa, sempre ardendo, desejando que, um dia, essa pessoa te ame tanto quanto você a ama. Que um dia ela seja sua. Você a admira, a respeita, a ajuda, a aconselha. Dá broncas e briga quando ela faz algo de errado. Mas você sempre está lá, de braços abertos para o que ela precisar - ele pausou e então me olhou, ainda sorrindo. - Você ama por quem a pessoa é. Por cada sorriso, cada olhar, cada careta e cada ação. Quando ela te decepciona, você deixa isso de lado, pois todos tem falhas. Mas quando ela te deixa orgulhoso, você esquece todas as decepções, se apaixonando cada vez mais. É, isso resume.
- Então eu to apaixonada - fechei os olhos, sorrindo.
- Posso saber por quem?
- E-eu - abaixei a cabeça, completamente corada. Com o coração acelerado, comecei a acariciar um pedaço de grama perto de onde estava sentada, procurando as palavras certas. - A verdade? - ele consentiu. Fechei os olhos. - Acho que sou sua fã - respondi, começando a rir nervosamente em seguida.
- Que bom - ele virou meu rosto pra si com a mão, fazendo com que eu olhasse em seus olhos. - Por que você é minha ídola.